quinta-feira, 21 de maio de 2009

24 - DOIS CACHORROS


"Dentro de nós temos dois cachorros, um bom e um ruim. Se alimentarmos o ruim, seremos do mal. Se escolhermos o bom, seremos do bem." Quem disse isso foi a Narcisa Tamborindeguy, na revista Trip desse mês, em entrevista ao Arthur Veríssimo. Sempre que eu ouço esse nome, Tamborindeguy, eu acho que ele veio de algum francês que passou por aqui há muitos anos, chamado Guy - pronuncia-se Guí - e que tinha um tamborim, logo o tamborim dele, por ser diferente, ficou conhecido como o tamborim de Guy, logo, Tamborindeguy. É uma lógica meio germânica de se pensar, devido à minha educação européia, mas faz sentido, assim como Vanderlei - nome do meu primo, por acaso - veio de Van Deer Lay, sobrenome holandês, que foi aportuguesado lá pras bandas do nordeste, onde os gringos aportaram cheios da erva-do-capeta. Mas enfim, refletindo sobre a frase da Narcisa aí em cima, eu me vejo na obrigação de concordar plenamente com ela. A vida é cheia de escolhas, um caminho cheio de bifurcações, e se escolhermos o caminho da direita, vamos pra direita, e se escolhermos o caminho da esquerda, vamos pra esquerda. É como uma escada, em que se escolhermos subir os degraus, chegaremos lá em cima, ao passo que se escolhermos descer os degraus, chegaremos lá em baixo. E claro, se estivermos ao pé dessa escada e escolhermos não subir, lá mesmo ficaremos. Os budistas costumam dizer que a vida é como uma casca de laranja, e um dia, um grande mestre ao ser interpelado por um jovem monge que lhe perguntou "Como assim como uma casca de laranja, Mestre?", este lhe respondeu "Ôxe, num é não?", e ficaram os dois refletindo sobre isso à beira de um rio de águas diáfanas.

4 comentários:

Sweet Toxicant disse...

Nossa!!
Agora sim eu entendi todo o sentido da vida!
Hahahahaha!!

Beijooos TIM!

Sílvia Spinola disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sílvia Spinola disse...

Ora, mas não é? Porque ninguém disse que não logo deve ser uma vez que o que é não é o que deixa de ser, sendo assim o que não deixa de ser é o que é, não é? rs
Adoro.

Ana Choueri disse...

O mais lindo deste texto é que descobri que minha amiga Silvia já conhece meu amigo Tim e... enfim, este é o sentido da vida, mais bem explicado que por Monty Python.